quarta-feira, 5 de agosto de 2009

VIOLÊNCIA , LIMITES E MORAL NA ESCOLA

Todos os dias lemos nos jornais reportagens sobre a violência que tem aumentado de forma descontrolada nas escolas. Converso com professores e colegas que estão ha mais tempo que eu no magistério, e, todos têm a mesma opinião de que esta violência tem aumentado cada vez mais no decorrer dos anos. Vemos diariamente nas salas de aula e nos corredores da escola que as crianças não têm mais paciência, não sabem dialogar, partem para os chutes, socos e pontapés ao serem contrariadas ou discordarem umas das outras. Além da violência, vemos também o desrespeito com os professores, alunos ultrapassando os limites, agredindo com palavrões. Estas são questões que me deixam preocupada e fazem com que eu pense nos motivos que levam essas crianças a agirem assim e quais soluções devemos buscar. Segundo Içamitiba no (livro Disciplina Limite na Medida Certa) diz que “A escola é um espaço intermediário de educação entre a família e sociedade, portanto, seus limites comportamentais e disciplina tende de ser mais severos que os familiares, porem mais suaves que os da sociedade.”

Neste ponto de vista vemos a importância do papel da família e a possibilidade de repensar seus métodos de diálogo e prática de limites, pois isto tem deixado de existir no ambiente familiar. É necessário recuperar métodos de educação que tenham o amor e hierarquia como parâmetros. Os pais precisam educar para os valores e saber impor limites, mostrar par a criança o certo e o errado e formar os seus filhos moralmente. A partir daí escola entra com suas regras e disciplina visando também ao desenvolvimento moral de seus alunos, pois no ambiente escolar reunimos vários indivíduos que devem conviver com respeito e harmonia resultando na aprendizagem “ através das relações com o meio (ambiente em que ela está inserida e com que se relaciona) e o desenvolvimento moral não está separado dessa premissa” (Piaget, 1932, apud Camargo, 2004, p. 22). Nesse ambiente escolar que deve ser de aprendizado e respeito à regras, às relações interpessoais devem ser baseadas na cooperação mútua, no diálogo, buscando desenvolver a autonomia de expressão e pensamento para promover indivíduos capazes, harmônicos, felizes e que saibam viver e conviver sem violência em sociedade.

Um comentário:

Colégio Érico Veríssimo disse...

Oi Chamla!
Foste muito feliz nesta relação que fizeste entre um tema atual, tua experiência e as teorias que tu vens estudando nesta interdisciplina.
Que reflexões como estas possam te auxiliar enquanto profissional da educação e acadêmica de Pedagogia!!
Abraços!