domingo, 9 de agosto de 2009

REFLEXÃO SOBRE A PRÁTICA EDUCATIVA E ESTA ATIVIDADE DO SEMINÁRIO INTEGRADOR

Como professores sabemos de nossa reponsabilidade ética com relação aos saberes e formação de nossos alunos. O quanto é importante a qualidade das relações que iremos desenvolver dentro das salas com nossos educandos e o quanto temos responsbilidade com a busca do aprimoramento para nossa formação como educadores em prol desses alunos.
Esta formação implica também em aceitar o novo, em auto analizar-se para obter melhores resultados. Pois como diz Paulo Freire: "Educar exige coerência, capacidade de viver e de aprender o diferente." É ter a mente aberta para novos conceitos e aprendizados. Por este motivo, a atividade que desenvolvemos na recuperação desse semestre foi para mim uma auto-análise, constatar o que devo retomar e melhorar em meu trabalho no PEAD. Retomar meu blog e procurar melhorar a qualidade e assiduidade das minhas postagens, aproveitar mais esta ferramenta de trabalho como meio de avaliar o meu crescimento e desenvolvimento no decorrer do curso. O Portfólio de Aprendizagens é uma ferramenta que busca acompanhar e documentar a reunião das produções que o aluno constrói em sua trajetória de aprendizado. Baseado nisso, sei da importância da documentação de todos os meus aprendizados como forma de verificar meu crescimento.
Além do mais, esta atividade despertou em mim o desejo de aplicar esse conhecimento com meus alunos. A partir deste semestre pretendo introduzir e desenvolver a idéia do Portfólio de Aprendizagens como uma forma mais justa e eficaz de avaliar e construir o conhecimento. Sei que através daí poderei refletir melhor o progresso de cada aluno, verificar sua compreensão da realidade e dar continuidade ao trabalho indicando o que deve ser mantido, modificado ou completado para o sucesso das nossas atividades.

ÍNDIOS

No ano de 1500, na época da chegada de Pedro Álvares Cabral as terras brasileiras eram habitadas por 5 milhões de índios, desde então, devido a inúmeros massacres e desmandos este povo está reduzido a pouco mais de 700 mil índios no Brasil atualmente.
A partir da década de 1970, movimentos indígenas fizeram ressurgir e reafirmar a identidade indígena e o seu orgulho étnico. Povos indígenas que antes eram discriminados, por sua cor, costumes e modo de ser, denominados de sem cultura, incapazes, selvagens e preguiçosos. A partir daí, começarm a ser vistos de outra forma no Brasil. Povos antes distintos e rivais unem-se em um objetivo comum de lutarem por seus direitos e interesses comuns, o de refirmar o seu lugar na sociedade com garantias territoriais e valorização sociocultural de suas tradições.
Esse processo tem resultado na reafirmação da identidade de um povo, na recuperação da auto-estima perdida ao longo de anos de escravidão e dominação colonial, bem como na recuperação do orgulho à sua ancestralidade.
Neste contexto nós professores, temos como responsabilidade de mudarmos a visão discriminatória arraigada na nossa sociedade, disponibilizando diálogo e mostrando para nossos alunos qual foi o caminho desse processo histórico de discriminação, preconceitos e interesses políticos do qual os povos indígenas foram vítimas. Promovendo com isto, respeito à diversidade de etnias e valorização da qualidade de vida e espiritualidade desses povos.

PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Ao longo dos últimos anos a integração dos indivíduos com necessidades especiais no meio social e escolar vem avançando de maneira positiva. O diálogo, as reflexões sobre a prática educativa associadas a inclusão e ao atendimento das diferenças tem sido o caminho escolhido para repensar as injustiças com relação a essas crianças. Este diálogo, busca encontrar soluções para que o acesso a educação seja um direito para todos. Sabemos que a realidade encontra vários obstáculos e só uma reflexão não é suficiente para mudarmos isto. São necessárias mudanças na qualidade do atendimento educacional oferecido à essas pessoas com deficiências. Como um atendimento individualizado que valoriza as características do aluno e do meio em que vive, uma avaliação que tenha o aluno como parâmetro de si mesmo e não seja instrumento de exclusão escolar, afastando estígmas que reafirmem a discriminação de crianças que fogem ao padrão de aluno adequado ao meio escolar. Mais investimentos em políticas públicas na educação especial ampliando e qualificando o atendimento disponibilizando Tecnologia assistiva (TA) para que o aluno com deficiência possa ter favorecimento no desempenho de suas tarefas, promovendo vida independente e inclusão na rotina escolar. Todos estes são fatores que devemos levar em conta para uma mudança de mentalidade, para um novo posicionamento frente a educação inclusiva, uma transforção de valores que requer flexibilidade, comprometimento, amor e reflexão sobre o nosso papel, desafiando a superar limites.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

EDUCAÇÃO COMO MEIO DE MELHORAR A HUMANIDADE

Para Adorno a educação é o meio mais eficaz de combater a barbárie. Sem ela o homem comete monstruosidades como as de Auschwitz e tantos outros genocídios em massa que já ocorreram na história humana. Quando ele diz que: “A educação só teria pleno sentido como educação para auto-reflexão crítica“. Pois, aqui a educação para a auto-reflexão crítica nos leva à um auto conhecimento, ao verdadeiro sentido do equilíbrio como seres humanos autônomos. Kant fala também que “A única verdadeira força contra o princípio de Auschiwitz seria a autonomia... a força para a reflexão, para a autodeterminação, para a não-participação”. É através desta autonomia que poderemos como seres humanos inteligentes escolher o caminho do bem comum da civilização consciente. Para Kant o Homem é a única criatura que precisa ser educada, o que implica em instrução e formação resultando em um verdadeiro homem feito pela educação. Segundo Kant a educação é uma arte e ele diz que: “Não se deve educar as crianças segundo o presente estado da espécie humana, mas segundo um estado melhor, possível no futuro, isto é segundo a idéia de humanidade e da sua inteira destinação“. Entendemos que quanto melhor a educação visando ao bem comum e a coletividade, tanto melhor serão os resultados para o futuro da humanidade.

VIOLÊNCIA , LIMITES E MORAL NA ESCOLA

Todos os dias lemos nos jornais reportagens sobre a violência que tem aumentado de forma descontrolada nas escolas. Converso com professores e colegas que estão ha mais tempo que eu no magistério, e, todos têm a mesma opinião de que esta violência tem aumentado cada vez mais no decorrer dos anos. Vemos diariamente nas salas de aula e nos corredores da escola que as crianças não têm mais paciência, não sabem dialogar, partem para os chutes, socos e pontapés ao serem contrariadas ou discordarem umas das outras. Além da violência, vemos também o desrespeito com os professores, alunos ultrapassando os limites, agredindo com palavrões. Estas são questões que me deixam preocupada e fazem com que eu pense nos motivos que levam essas crianças a agirem assim e quais soluções devemos buscar. Segundo Içamitiba no (livro Disciplina Limite na Medida Certa) diz que “A escola é um espaço intermediário de educação entre a família e sociedade, portanto, seus limites comportamentais e disciplina tende de ser mais severos que os familiares, porem mais suaves que os da sociedade.”

Neste ponto de vista vemos a importância do papel da família e a possibilidade de repensar seus métodos de diálogo e prática de limites, pois isto tem deixado de existir no ambiente familiar. É necessário recuperar métodos de educação que tenham o amor e hierarquia como parâmetros. Os pais precisam educar para os valores e saber impor limites, mostrar par a criança o certo e o errado e formar os seus filhos moralmente. A partir daí escola entra com suas regras e disciplina visando também ao desenvolvimento moral de seus alunos, pois no ambiente escolar reunimos vários indivíduos que devem conviver com respeito e harmonia resultando na aprendizagem “ através das relações com o meio (ambiente em que ela está inserida e com que se relaciona) e o desenvolvimento moral não está separado dessa premissa” (Piaget, 1932, apud Camargo, 2004, p. 22). Nesse ambiente escolar que deve ser de aprendizado e respeito à regras, às relações interpessoais devem ser baseadas na cooperação mútua, no diálogo, buscando desenvolver a autonomia de expressão e pensamento para promover indivíduos capazes, harmônicos, felizes e que saibam viver e conviver sem violência em sociedade.